Temos ouvido em todos os lugares (na mídia, nas ruas, nas lojas...) sobre a decisão da ANVISA de proibir o uso de substâncias que contenham Bisfenol nas mamadeiras como forma de proteger bebês da exposição que, segundo apontam os estudos, pode ser prejudicial à saúde.
Vamos entender mais sobre isso? Fizemos algumas pesquisas e reunimos as principais informações:
Mamadeiras que contenham bisfenol A não poderão mais ser fabricadas e comercializadas no Brasil. As empresas terão 90 dias, a partir da publicação no Diário Oficial da União, para paralisar a fabricação e até o dia 31 de dezembro de 2011 para vender os produtos que estão estocados.
Essa determinação foi baseada em estudos recentes que indicam que o BPA, substância presente no policarbonato e material mais utilizado na fabricação de mamadeiras, oferece diversos riscos à saúde. Crianças de 0 a 12 meses são as maiores vítimas potenciais, porque, no primeiro ano de vida, o organismo delas ainda não é capaz de eliminar a substância.
E são as crianças que ficam mais expostas a ela do que os adultos. “O aumento do calor facilita a liberação do BPA. Ou seja, quando a mamadeira é aquecida ou quando colocamos algo quente dentro delas, a substância é liberada em maior quantidade”, diz Adriana Pimentel, doutora em química e professora da Universidade Pequeno Príncipe (PR). Além disso, a estrutura química dessa substância, quando ingerida, se assemelha ao estrógeno, hormônio feminino, o que é prejudicial. “A fase da puberdade pode ser adiantada por esse tipo de substância”, acrescenta Adriana.
Enquanto o mercado brasileiro não se adequa à determinação, você tem como opções as mamadeiras de
vidro ou de
polipropileno. Hoje em dia, muitas marcas oferecem produtos com BPA free. Então fique atenta ao escolher a mamadeira de seu filho. Se a informação não estiver destacada na embalagem, leia a
composição do produto.
Embora ainda não existam resultados conclusivos a respeito dos riscos oferecidos pelo BPA, diversos países já proibiram seu uso, entre eles Canadá, Costa Rica, alguns estados americanos e toda a União Europeia. “Os estudos com seres humanos não são conclusivos, mas já sabemos que ele pode fazer mal, então essa é uma precaução válida”, afirma Adriana. De acordo com a Anvisa, os países do Mercosul devem adotar a mesma medida em breve.
"Eu acredito que não é um motivo de alarme para as pessoas, mas simplesmente uma forma de você ficar atento. Você esquenta num lugar passa para o outro e acabou", afirma Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP).
"A prática de aquecer o leite em outro frasco, que não seja de plástico, passar para a mamadeira e dar imediatamente para a criança ameniza o problema?", pergunta uma mãe.
"Sem dúvida. Você deixa esfriar um pouquinho e depois transferir para a mamadeira numa temperatura ambiente, o risco de eluição, a saída do BPA do plástico para o leite ou para o líquido lá dentro, é praticamente zero", explica Saldiva.
Fontes:
Folha.com
Revista Crescer
Portal Ciap
E quem já comprou a mamadeira de seu bebê? Bem, pelo que tem sido falado, não há problemas desde que ela não tenha contato com o calor, ou seja, nada de esterilizar as mamadeiras nem colocar o leite nelas ainda quente. Se for preciso ferver a água de preparo do leite, espere esfriar totalmente antes de colocar na mamadeira. Tomando essas precauções não haverá problemas.
Para identificar quais produtos contém a substância proibida, observe a composição dos produtos e os símbolos identificados na figura abaixo.
Se você ainda não comprou as mamadeiras de seu filho ou se prefere substituir as que tem, seguem dicas de produtos sem Bisfenol:
Dr.Brown´s boca larga, em polipropileno
Dr. Brown´s bico clássico, em vidro
Nuk linha First Choice, em polipropileno
Fiquem atentos!