9 de outubro de 2010

Babá, avó ou berçário?

Vejam as dicas da Revista Crescer sobre o assunto:


Por Cristiane Rogerio



A licença-maternidade está chegando ao fim. E a mãe precisa decidir com quem vai ficar o bebê. Babá, avó ou berçário? Os especialistas têm opiniões diferentes sobre a opção ideal, mas concordam em dois pontos. O primeiro é que a mãe deve se preparar para essa separação, também denominada transferência de cuidados, mesmo que por algumas horas, a uma outra pessoa. O segundo é que, seja qual for a decisão tomada, não precisa ser definitiva. Ou seja: se não deu certo, pode-se rearranjar tudo.

No berçário

A lista de profissionais de um bom berçário tranqüiliza as mães. Só que, junto, vem outra lista: a dos vírus de mais crianças e mais adultos convivendo no mesmo lugar. Por isso a pediatra Gelsomina Colarusso Bosco avisa: "Mãe que decide colocar no berçário tem de ter cabeça de berçário". Ela precisa estar preparada, pois a criança tende a ficar mais doente, sim, das chamadas doenças das vias aéreas superiores, como otite e amidalite", explica. O que fazer? Ter acompanhamento pediátrico para tomar os cuidados necessários. E, o principal, orientar corretamente os profissionais do berçário e saber perguntar.

Com a babá

A resistência à opção babá pode estar relacionada a uma invasão de privacidade. Além disso, a babá tem muita importância, porque é alguém estranho que vai conviver com todos e ser responsável pelos cuidados com o maior bem da família: os filhos. Em muitos casos dá certo. Para a psicóloga Fernanda Roche, uma das maiores dificuldades dessa estranha relação é não compreender que babá é uma profissão e, como tantas outras, exige treinamento e vocação. E ela não substitui ninguém. Está lá para apoiar a família e seguir suas indicações. A psicóloga Lourdes Brunini acredita que o profissionalismo é a primeira regra mesmo. "Deve saber diferenciar manha de dor, saber se é febre, diarréia, vômito, se está engasgada." E estar disponível em vários sentidos. "Precisa ter paciência e gostar muito do que faz."

Com a avó

Assim como a babá, a avó permite à criança viver uma rotina dentro de casa e criar vínculos. "Mas, dependendo do caso, a avó muitas vezes não agüenta mais fisicamente a energia de uma criança", alerta Fernanda Roche. Lourdes Brunini completa. "Há para ela dificuldade em pôr limites e não tem mais o mesmo grau de agilidade. A biologia diz: é tempo de ser avó. Não dá para correr, agachar, etc." Para a psicóloga Maria Grupi, diretora do berçário Ponto Ômega, toda criança tem direito a uma avó. "Daquelas que contam histórias e fazem bolinho de chuva. Não é justo ela ficar se policiando o tempo todo." Segundo Maria Grupi, a avó encaixa-se em um outro ponto desta conversa: o plano B. "Ela é perfeita para o caso de a criança ficar doente e ter de ficar em casa, por exemplo."


Qual é o ideal?

Com quem?PrósContras
AVÓ – Antigamente era a primeira opção. Mas hoje ou elas não estão em casa porque também trabalham ou moram longe.É uma pessoa da família, o que pode ser garantia de uma relação de afeto e de educação condizente com o que os pais desejam.Exige uma relação aberta para não haver tensão no momento de estabelecer limites à criança. Pode não ter mais agilidade de antes.
BABÁ – É um ser estranho na família e exige certa dose de sorte para dar certo.Segue o que os pais recomendam. Mantém a rotina da casa. Evita a correria da manhã para sair de casa. Flexibilidade de horário.É difícil encontrar alguém em que se confia e pode ter hábitos e costumes tão diferentes da família que gerem conflitos.
BERÇÁRIO – Hoje tenta não ter mais a imagem de ser somente um local que fica com a criança, oferecendo os mais diversos serviços.Existem vários profissionais da área de saúde e pedagogia. Não há problemas com faltas e pode ter os cuidados fiscalizados por alguém o tempo todo.A criança fica muitas horas fora de casa. Aumentam as chances de adquirir alguma doença por estar mais exposta a vírus no convívio com outras crianças e adultos. Menos flexibilidade de horário.


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